Jorge Amado dizia ser contador de histórias, mas foi muito mais. Nascido em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, na Bahia, filho de João Amado de Faria e Eulália Leal, aos dois anos Jorge mudou-se com a família para Ilhéus, onde passou a infância, perto do mar e das plantações de cacau. Aos dez anos, foi mandado para um internato em Salvador, e lá descobriu os livros. Na década de 1930 transferiu-se para o Rio de Janeiro: estudou direito e conheceu escritores, artistas e intelectuais. Lançou seu primeiro romance, O país do Carnaval, em 1931. Entre 1937 e 1945, período em que vigorou a ditadura conhecida como Estado Novo, Jorge teve intensa atividade política, sofreu censuras, perseguições e chegou a ser preso algumas vezes. Foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro em 1945. Nesse ano, ele se casou com Zélia Gattai, com quem teve dois filhos, João Jorge e Paloma, e viveu até seus últimos dias.
Jorge Amado lançou mais de trinta livros, publicados em mais de cinquenta países e adaptados para o cinema, o teatro e a televisão. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1961, e ganhou alguns dos maiores prêmios da literatura em língua portuguesa. Morreu em 2001, dias antes de completar 89 anos.